quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tempos Modernos




Gosto de ti, mas não gosto de ti #3

Já desisti há muito... Sei que, às vezes, não parece... Um mail aqui, um post ali, um texto acolá...
Estas coisas de gostar, às vezes entranham-se em nós, mesmo aquelas que não chegam a tonar-se um hábito.
Sou de ideias fixas, o que é que se há de fazer... Meto na cabeça e ninguém mo tira... Nem tu, nem os outros, nem eu própria...

Gostava que esta parte do "mas não gosto de ti" fosse verdade... Procuro todos os teus defeito e encontro-os, não haja dúvida, mas encantam-me ainda mais, mesmo esse de não gostares de mim da mesma forma...

Foste, efectivamente, o meu realizador de sonhos. Andava meia adormecida devido a uma rasteira que a vida me tinha pregado e tu, de forma totalmente involuntária, quase sem te aperceberes, fizeste-me lembrar quem sou, o que quero e o que fui. E que sim, sou capaz de tudo o que quero e talvez um pouco mais.
Talvez tenha exagerado e ido longe demais nesta minha sede de viver num dia o que, durante anos, tinha ficado em stand-by.

Também de forma muito indirecta, levaste-me a descobrir que posso ser eu própria e que não pensar no futuro tem as suas recompensas. Fizeste-me perder os tabus e o politicamente correcto. Descobri que essas pressões da sociedade vão completamente contra a minha natureza. Fingimentos são isso mesmo, artificiais, pouco interessantes e aquilo que eu não quero para a minha vida.

De tudo isto, aquilo que foi verdadeiramente importante para mim, foi a forma como apreciaste a minha escrita. Vindo de ti, esse é o maior elogio que poderia ter.

Continuarás na minha vida, porque continuarei a seguir o teu trabalho e todas essas ideias muito lindas que não param de chover nessa cabeça. Também seguirei as menos lindas. Porque afinal, ainda gosto de ti e muito!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tu...


... Inspiras-me!

10 coisas que aprendi com este blog

1. A malta gosta muito de sexo, mas também de uma boa lamechice;
2. Há muita procura de armas por essa net a fora. Medo... muito medo!
3.Também muito se procura por maquilhagem e, pelos vistos, há de todos os tipos, maquilhagem de Natal, do Pai Natal, do dia dos namorados, de palhaço, de guerra e até da abelha maia!
4. Falar no Nuno Gomes ou no José Socrates potencia as visitas a este cantinho... Que diria se eu falasse no Cristiano Ronaldo ou no Obama...
5. Há pessoas que procuram no google pelo próprio google!
6. O Facebook, mais do que um espaço de partilha, amizade, reencontro ou publicidade é um espaço de engate! Ao seu mais alto nível!
7. Há quem procure por "Deus e as putas", mais do que eu poderia, algum dia, imaginar.
8. Escrever é como a matemática. Quanto mais praticamos, melhor vai saindo... (modéstia à parte);
9. Nem sempre preciso de "muso" inspirador. Um bom manancial de amigas dá pano para mangas! (para escrver, obvio... para outras coisa, se calhar até preciso!);
10. Esta é, definitivamente, a minha paixão!

O Amor está em crise...



J

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"É melhor tentar, ao invés de sentar-se e nada fazer;
É melhor falhar, mas não deixar a vida passar;
Eu prefiro na chuva caminhar, do que em dias tristes em casa me esconder;

Prefiro ser feliz, embora louco, do que viver infeliz em são conformismo."

Martin Luther King

A Verdade

Tento não ficar triste. Finjo-o tão bem, que eu própria acredito. É única forma de me sentir racional. Porque nada disto é racional. Soube desde o início qual seria o futuro e nunca me importou. Nao me importava, porque desconhecia que me estaria a trair a mim própria.Traí a minha natureza, acreditando que seria desprendida e traí a minha natureza ao deixá-lo de o ser...

É só mais um, acredito! Não é o primeiro, não será último. Procuro essa emoção, noutros sítios, noutras aventuras, noutros sonhos. E encontro, acredito!

Leio as revistas e as notícias, com indiferença. Fingida, será certo. Mas eu acredito, que não fazem diferença!

Até chegar o momento em que a saudade aperta de tal forma, que espreme todas estas certezas, todas estas crenças. Espreme-as de tal forma, que todas desaparecem, até ficar uma única. Que tudo em que acredito, não passa apenas de uma mentira. Uma mentira mais saudável que a verdade. Essa verdade que me faz querer-te como ninguém. Essa verdade que me deixa sem palavras. Que te deixa a ti, que já explicaste, sem palavras...

Não quero, não posso, não me deixam, não queres, não podes, não me deixas... É, pura e simplesmente, mais forte que eu...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Inocência











Gosto de ti, mas não gosto de ti #2

Não te sei dizer quando, nem porquê, o meu sentimento mudou... A intensidade, essa, te garanto, não é maior nem menor. É apenas diferente...
Não sei como mudou... só sei que um dia a paixão deu lugar à amizade e à admiração e foi apenas isso...
Às vezes, pergunto-me porque terá mudado, já que o meu reflexo nos teus olhos é diferente. Nos teus olhos, vejo-me maior, mais bonita, mais inteligente, mais simpática... Não voltei a encontrar olhos que me vissem como os teus...
Às vezes pergunto-me como terá mudado, já que poemas como os teus nunca os recebi. passaram-se os anos e confesso-te, que não os reli, guardei-os no sótão... Mas estão também muito bem guardados, nesse sótão que é a nossa consciência e alguns ainda os sei de cor.
Às vezes pergunto-me como terá mudado, já que musicas como as tuas, nunca ninguém me dedicou... Passaram-se tanto anos e ainda me sinto embalada quando as oiço... as das tunas, a do Rui Veloso, a dos Scorpions...
Às vezes pergunto-me porquê e quando... mas a verdade é que deixei de gostar de ti, para gostar ainda mais!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Não me posso gabar de ter muitas visitas a este meu cantinho, mas as poucos que tenho, são do mais alto gabarito.
É quanto baste!

A minha cidade



Trabalho em Lisboa, saio em Lisboa, janto em Lisboa, estudei em Lisboa, muitos dos meus amigos estão em Lisboa.
Quando chegou a altura de me emancipar, fiz contas à vida e à qualidade de vida. Fiz contas ao dinheiro gasto, ao tempo gasto e ao desgaste.
Neste balanço pesa o coração e o meu não me permitiu essa "emigração".
Arrependo-me sempre que há um acidente na 2ª circular. Não me arrependo, todos os dias, ao final da tarde, quando regresso.
No meu regresso encontro um ar mais leve, o desconhecimento do conceito "falta de estacionamento", do conceito "stress", do conceito "transito".
Logo que estaciono, encontro a antiga colega de escola. Entro no prédio e encontro um ex-aluno dos meus pais.
Saio à rua e encontro a prima, a irmã da amiga, a mãe da colega.
Mais à frente, entro no café, onde todas as caras são conhecidas e, pelo menos, uma é querida.
Ainda nos conhecemos quase todos e ainda sentimos todas as dores. Como a menina que se esfaqueou e foi esfaqueada. Há sempre um elo... conhecia de vista, conhecia a irmã, conhecia os pais, conhecia o cunhado.. e todos sofremos um bocadinho a sua morte... e todos encontramos solidariedade nesse elo, que é muito forte, nem que se reflicta apenas nessa conterraneidade.
No meu regresso, sinto-me em casa, mesmo de antes de entrar na minha.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Gosto de ti, mas não gosto de ti #1

Entendes?
Gosto das tuas palavras que me aconchegam, gosto das nossas conversas tardias, gosto que gostes de mim.
Há muitas formas de gostar e, eu, gosto muito de ti. Simplesmente não gosto de ti dessa forma que me pedes para gostar. Estas coisas não se escolhem, saem-nos na rifa ou na farinha amparo e, a mim, calhou-me outro. E a ele, por sua vez, calhou outra. Há coincidências destas, umas felizes, outras infelizes.
Eu gostava de gostar de ti. Gosto do que fazes, do que vês, do que lês, do que ouves. O problema não está em ti, não está em mim, está em nós, que vivemos sempre tudo ao contrário.
Egoistamente, gosto que gostes de mim e faria tudo para não mudar isso. As tuas palavras aconchegam-me, o teu sorriso aquece-me, a tua voz embala-me. Não quero perder nada disso...
Há diferentes formas de gostar e eu queria que gostasses de mim de outra forma, mas tenho receio de o tentar alterar, porque tenho receio que, se esse teu gostar se desvanecer, não sobre outro...
Não gosto de ti, mas gosto muito de ti...

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
Fernando Pessoa

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Nuno Gomes


Diz-se que benfiquista que é benfiquista não gosta da Amelinha.
Eu gosto!
Não que eu seja a melhor pessoa para falar de futebol. Afinal de contas sou capaz de proezas como a de ir ver o Portugal-Rússia e em 8 golos (7-1), ver apenas 2 ou 3. Há tantas distracções num estádio, o que é que uma pessoa há de fazer... Ainda por cima, um dos meus amigos pertence ao Directivo e levava como missão fazer de nós, 10 gatos pingados, uma autêntica claque. E aquilo era giro!

Sei perfeitamente o que é um fora de jogo e tenho cá para mim, que essa é a melhor prova de que os árbitros são todos uns corruptos. Qual escutas ao Pinto da Costa, qual carapuça! Quando se está mesmo a ver aquilo é um fora de jogo, não assinalam e vice-versa! Nem importa qual é a equipa... O que prova que recebem e dos dois lados!

Voltando à Amelinha, eu gosto dela. Acho-a fofinha, com o seu cabelinho à menina e suas bandoletes.

Gosto da Amelinha, desde de que fui ver um jogo ao estádio, já há uns 2 ou 3 anos.
Sem condições para me concentrar no jogo, já que levava como companhia um gajo e já se sabe como eles são, não descansam até nos verem amuadas, os parvalhões!, estava completamente fascinada com o velho que se encontrava atrás de mim. Por sua vez, o velhote estava completamente fascinado com a Amelinha.
Era a Amelinha para cá, a Amelinha para lá. Não falava noutra coisa:

- Esta Amelinha não corre nada - e eu olhava e via-a o Nuno Gomes a correr! Ao seu ritmo, claro está, mas o rapaz até dava umas passadas;
- Esta Amelinha não faz nada - e fazia. Eu olhava e a Amelinha estava muito atarefada a ajeitar a bandolete;
- Esta Amelinha não joga - quando estava a Amelinha a fazer exactamente o que eu vejo todos os outros jogadores fazerem, e com muito primor, no chão, agarrado a uma das pernas, com ar de quem vai morrer e é já ali. Coitadinho, não fosse aquele spray maravilhoso que adorava saber onde vendem, capaz de curar as piores maleitas, e o rapaz já tinha quinado.

Até que, não faço ideia como, porque estava a olhar para o ecrã, com umas miudas gorduchitas a fazerem adeus, o Nuno Gomes marca o único golo do jogo!
Aí, o senhor levantou-se e com toda a sua força, gritou em plenos plumões:

- Viva a Amelinha!

E todo o estádio, lhe respondeu em uníssono:

- Viva! Viva!

Gajos#2

Porque é que se disser a um amigo "és Grande" de modo a resumir como tem uma grande inteligência, um grande sentido de humor, um grande coração, um grande profissionalismo, etc, etc, etc, a única coisa em que ele vai pensar, é no tamanho de uma sua parte anatómica, que a mim, pouco me interessa!

Sim, Pezinho, és grande! Independentemente do teu tamanho, peso ou do número que calças!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"Chega um dia de falta de assunto. Ou, mais propriamente, de falta de apetite para os milhares de assuntos."

Carlos Drummond de Andrade