sexta-feira, 31 de julho de 2009

Desculpas

Desculpa pelo que aconteceu...

Mas não entendo!

Desculpa pelo que aconteceu...

Mas eu quero celebrar...

Desculpa pelo que aconteceu...

Mas eu quero mais...

Desculpa pelo que aconteceu...

Mas foi tão especial..



Desculpa pelo que aconteceu..., dizes mais uma vez... e, só aí, eu entendo. Desculpa não pelo que aconteceu, mas pelo que vai acontecer. Pelas palavras que se seguem e que tentas adoçar, mas que deixam um sabor amargo... Pelos actos que tentas justificar, mas que me parecem imcompreensíveis... Por tudo o que foi naquele instante, mas deixou de ser... Pelo futuro onde não entra o passado e pela estrada que, afinal, só tem um sentido... Pelos sentimentos que deixaste crescer, mas não consegues acompanhar... Pelo aquilo que mostraste, mas afinal não existe... Pelo fim de algo que não chegou a começar!

Com o tempo... tudo passa


Há pouco tempo, uma amiga perguntou-me, "Dizem que com o tempo tudo passa. Mas QUANTO tempo?" e eu dei por mim a pensar na primeira vez que tive necessidade de acreditar nessa frase feita.
Acreditei tanto nisso, que só quis dormir o mais tempo possivel, para poder acordar e pensar que tudo não passava de um sonho... mas cada vez que acordava, senti-a o mesmo vazio e batia-me no peito, com toda a sua força, a forte e dura realidade... Só mais tarde percebi que, o tempo, esse, não pára, o mundo continua a girar e a vida continua... Aquilo com o qual tudo passa não é o tempo, mas sim aquilo que fazemos dele.
Não há problema que não perca a sua importância, com um bom jantar entre amigas, um bonito por-de sol, o sorriso de uma criança... aquilo que nos fizer feliz!
Não há dor que não seja superada, não com o tempo, mas com pequenos grandes momentos, com os pequenos detalhes do nosso dia-a-dia, que nos enchem o peito e nos fazem sorrir...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Na noite em que fugimos tu não estavas em casa

Este é o titulo de um livro dessa grande personalidade, que eu tanto admiro, o Fernando Alvim.
Adoro o título pela sua originalidade, mas nunca em momento algum o compreendi verdadeiramente... até agora...
Até à noite em que, eu e tu, fugimos. Afastámo-nos da realidade, do passado, do presente, do futuro. Afastámo-nos dos planos que já tinhamos feitos, das experiencias que já tinhamos vivido. Fugimos e a realidade deixou de existir. Entregámo-nos e o mundo passou a ser nosso, só nosso... Naquele beijo, naquele abraço, o mundo parou de girar, para nos deixar, a nós, dançar ao ritmo dos nossos desejos.
Físico, chamas-lhe tu... E é verdade que foi fisico, que foi intenso... um momento fisico, que derivou dos nossos sonhos, das nossas conversas, das nossas semelhanças e até das nossas diferenças...
Deixamo-nos levar pelo momento, contas tu... E deixámos... Levámo-nos por todas as conversas tardias, todos os telefonemas, os mails pessoais e todos esses pequenos momentos em que descobrimos o quão próximos somos ou gostariamos de ser...
Fugimos, vagueamos, sonhamos e entregámo-nos... mas afinal... tu não estavas em casa...