sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ciúmes

Está fora de moda ter ciumes. O que é "in" agora é uma relação "legalize", onde se dá espaço e tempo para tudo.
Há que ter confiança e a relação deve basear-se apenas e só nisso.
Não discordo totalmente. O ciúme pode ser doentio, pode restringir, anular ou invadir a privacidade individual de cada um. Não tenho dúvidas que há que ter confiança, sobretudo em nós próprios.
Ainda assim, uma pontinha de ciúme nunca fez mal a ninguém e pode até ser saudável.
O ciúme é a pontinha de febre que nos traz a paixão, é não dar por adquirido, é conquistar e ser conquistado todos os dias.
Sim, sou ciumenta. Quando gosto. E sim, gosto de saber que a outra parte sente ciúmes. Quando gosta!
Não há nada pior que um rapazinho que não fica um bocadinho incomodado, só assim, de vez em quando. Só para nos lembrar o quanto gosta de nós.
A falta de ciúme, a mim, soa-me a indiferença. Mas quanto baste, por favor!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Novo acordo ortográfico

Este novo acordo ortográfico da língua portuguesa retira-me da minha zona de conforto. Sinto que me tiram o tapete, sinto o chão a fugir-me dos pés. Sinto-me um burro velho que não aprende a própria língua. Eu que nunca dava erros nos ditados, desconheço agora se se escreve facto ou fato (por acaso acho que é daquelas que se mantém). Nem quero saber! Adio essa consulta. Sofro, por antecipação, quando oiço as editoras a explicarem que todos os seus livros estão já a ser reescritos, nessa nova língua que não é minha, nem é bonita.
Agora tudo passa a escrever-se com minúscula, acaba-se com o hífen, com os acentos circunflexos e com a beleza das nossas palavras.
Acrescentam-se os kapas, os ipsilon e os dâblio, só para fingir que afinal até se aceita a evolução natural da lingua e do analfabetismo.
Não concordo, não quero, sou contra!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Serviço Público

A pedido de algumas familias, eis a explicação para muitas das dúvidas dos homens:

- Casa de Banho - esta é a eterna questão: porque é que vamos sempre juntas à casa de banho? Porque gostamos de conversar, em qualquer situação, porque mesmo diante de um espelho precisamos sempre duma segunda opinião, porque pode ser preciso vigiar a porta, porque sim, e porque podemos;

- Homens - É pura e simplesmente isso que esperamos deles, que sejam Homens. Que nos protejam, que nos abracem, que nos aturem. Não queremos cá panasquinhas com inseguranças (sabemos que também as têm, mas gostamos daqueles que são exímios a disfarçar), com crises existenciais maiores que as nossas, com menos pêlos que nós (metrossexuais desta vida, sim, podem depilar-se, algumas de nós também apreciam, mas nunca mais do que nós), com barba rija mas bem feitinha que o nosso queixo já teve melhores dias. Que joguem à bola - golf é para meninos - desde que não seja no Domingo que planeámos fazer um piquenique romântico ou no dia em que fazemos meses - sim, Meses! - de namoro.

- Tensão pré-menstrual (TPM) - Não oiçam aqueles que resolveram espalhar que se trata de um mito e da eterna desculpa. Não é verdade. O coktail emocional a que ficamos sujeitas é o responsável pelo roçar do limiar da loucura, por dizermos o que queremos, por dizermos o que não queremos, por elevarmos a voz, por amuarmos, por não nos apetecer sexo, por nos apetecer sexo, por tudo aquilo que nos arrependemos e um pouco mais. E, sim, nalguns casos, ocorre mais do que vez por mês.

- Orgasmos - Com ou sem ponto G, o que é importante referir aqui, sobretudo para aqueles que nunca proporcionaram um e para aqueles que pensam que já proporcionaram (há por aí muita fingida), nem todas ficamos com cara de quem está a fazer a depilação à dentada, como a nossa querida Clara Pinto Correia!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Balanço de 2009

Muito positivo: não bati uma única vez com o carro. Nem um toquezinho a estacionar (jantes no passeio não contam)!
Yuuuuuupieeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Afinal não...

... o mundo não parou no dia 7 de Janeiro.

Um grande bem haja ao Enfant por me ter ajudado a perceber qual é o problema. Ainda não ficou resolvido, mas pelo menos já sei o caminho para a solução. Entretanto, aprendi essa a maravilha do crtl+f5 que me permite acompanhar o mundo!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Bizarro #2

O messenger também já deixou de funcionar!

Preciso de um computador novo!!!!!!!!!!!!!

Bizarro

O meu computador parou no tempo. Precisamente no dia 7 de Janeiro.
Não há actualização efectuada depois desse dia a que eu consiga aceder, seja nos blogues (inclusivé o meu), seja no facebook, no contador de visitas ou até mesmo no meu e-mail...
Terei eu desejado assim tanto, que o mundo tenha, efectivamente, parado?





PS - Alguém me sabe explicar que fenómeno é este? Será virus? Como resolver?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ontem à noite, o meu vizinho da frente esfaqueou a namorada (não, não vivo na Cova da Moura nem no vale da Amoreira).
A minha mãe, que vive a uns 500 metros ouviu toda a parafernália de ambulâncias e carros da policia). Eu não ouvi absolutamente nada!

Conclusão: cada vez gosto mais da minha casinha e do seu fantástico sistema de insonorização!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Por muito que nos avisem, nos expliquem, nos informem, nos advirtam, é no momento em que se torna oficial, mostrado ao mundo e em que vemos com os nossos próprios olhos, que realmente dói.

Gajos

Os gajos são um bicho raro, que cada vez menos, entendo!

Não entendo como conseguem passar uma tarde inteira a brincar com um balão, com o mesmo entusiasmo, emoção e encenação como se de uma verdadeira bola de voley se tratasse.

Também não entendo esse fenómeno no futebol que tanto os transforma em verdadeiros machões, enquanto praguejam e insultam o arbitro, os jogadores da equipa adversária e até os da mesma equipa (benfiquista que é benfiquista insulta sempre a Amelinha, mesmo quando esta não está a jogar!), como os transforma em autênticos paneleiros capazes de abraçar todos os que estiverem à sua volta, enquanto festejam um golo, mesmo que seja um velho desdentado que não toma banho há um ano, desde que vista a mesma camisola!

Não entendo como ficam hipnotizados com um filme como o Tróia. Pode dar-se um terramoto ou um incêndio ou pode até mesmo aparecer a Claudia Schiffer que não dão conta. Também não entendo as horas que passam depois de ver o filme a comentá-lo. Já nós, que até temos a possibilidade de ver o rabinho do Brad Pitt, nesse filme, fazemo-lo ao mesmo tempo que lemos uma revista, falamos umas com as outras e ainda mandamos um sms.

Também não entendo como podem ficar embasbacados enquanto me vêem cozinhar uma morcela e uma alheira, como se do menino Jesus se tratasse. Pronto, neste caso, dou um desconto, já que se a alternativa for seitan, acho que até para mim se transformaria na oitava maravilha do Mundo (ou décima setima, já lhes perdi a conta!).

Não entendo mais um sem número de coisas e, definitivamente, não os entendo. Deve ser por isso que gosto tanto de um...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fenómenos

É impressionante como algumas pessoas se identificam com estes meus textos. Como têm a creteza, certezinha que é sobre elas ou para elas que escrevo!
Páginas viradas, capítulos encerrados e, ainda assim, recebo mails de agradecimento pela homenagem, referência ou, até mesmo, sentimento!
Está tão longe da realidade que, por mais que releia esses mesmos textos, não entendo com o que se identicam!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Playboy




Tive o meu primeiro contacto com esta revista este fim de semana e devo dizer que fiquei fascinada!
Perdi uns trinta minutos com a crónica do Miguel Esteves Cardoso, da Ana Garcia Martins (vulgo A Pipoca mais doce) e poemas do Pedro Paixão. Mais tempo teria perdido, não fosse a tamanha fila de espera ansiosa para ver as mamocas e o pipi da Ruth Marlene.
Ganharam uma assinante! Entre boas leituras sempre posso dar uma espreitadela à ultima tendência em depilação.
Dúvidas houvessem, segundo as fotos desta última edição, o que está mesmo na modo é o conhecido "peito de peru"!

Hoje escreveste-me. Mesmo que seja só para me dizer que não sabes o que hás de dizer, deixas-me feliz. Pelo menos paraste uns segundos a pensar no que hás de dizer e isso mostra-me que ainda tenho alguma existência. Não preciso que digas nada, sei o quão infrutífero é o que te escrevo, sei que não vai de encontro àquilo que queres para ti, sei que muitas vezes é um erro, porque digo apenas aquilo que já sabes.
Não gosto de escrever a justificar-me e volto a fazê-lo, mesmo sem que haja grandes justificações para os meus actos. Eu própria não percebo. As palavras surgem-me a toda a hora e não me permitem fazer nada até ordená-las. Desconcentram-me no banho, no trabalho, no sono e só quando as ordeno e releio, posso descansar. Envio-tas quando, provavelmente, não devia fazê-lo, mas é mais forte que eu. Um dia disseste que escrevias para conquistar à moda antiga, eu escrevo para conquistar de forma moderna. Sei que não é este o caminho, porque os obstáculos são demasiado grandes para a pequena existência que tenho na tua vida. Sei que, se um dia, me levou ao meu objectivo, nestas circunstancias, passa a ser uma arma muito fraca. Mas é a minha, só minha e isso ninguém me pode tirar.
Escreves-me, também, que farás a tua parte para me ajudar na obtenção daquele que é o meu sonho. Respondo-te eu que já o fazes e muito. Talvez não tenhas essa noção, talvez não identifiques a dimensão das tuas palavras, mas são elas que me dão esta força que desconhecia e me fazem correr todas as capelinhas, bater a todas as portas e gritar bem alto para que todos me oiçam. Acho que esse acaba por ser o teu verdadeiro encanto. Fizeste-me sentir mais forte, fizeste-me querer melhorar, fizeste com que acreditasse nas minhas capacidades. Deste o empurrão para a minha luta e não há agradecimento possível para isso.
Dizes que está tudo ao contrário e eu acho que estás errado. São as pequenas frustrações que nos levam a grandes conquistas. É verdade que, por vezes, desejava que não houvesse desencontros, mas é verdade, também, que são os mesmos que me dão força para outros encontros. E resulta, se por um lado, não tenho armas para ti, por outro, concentro-me com mais força nessas outras armas para as minhas outras paixões.
Com o resto, não te preocupes, o resto passa. Passa sempre. Seja o tempo, seja a vida, sejam outros, tudo passa...