terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A Verdade

Tento não ficar triste. Finjo-o tão bem, que eu própria acredito. É única forma de me sentir racional. Porque nada disto é racional. Soube desde o início qual seria o futuro e nunca me importou. Nao me importava, porque desconhecia que me estaria a trair a mim própria.Traí a minha natureza, acreditando que seria desprendida e traí a minha natureza ao deixá-lo de o ser...

É só mais um, acredito! Não é o primeiro, não será último. Procuro essa emoção, noutros sítios, noutras aventuras, noutros sonhos. E encontro, acredito!

Leio as revistas e as notícias, com indiferença. Fingida, será certo. Mas eu acredito, que não fazem diferença!

Até chegar o momento em que a saudade aperta de tal forma, que espreme todas estas certezas, todas estas crenças. Espreme-as de tal forma, que todas desaparecem, até ficar uma única. Que tudo em que acredito, não passa apenas de uma mentira. Uma mentira mais saudável que a verdade. Essa verdade que me faz querer-te como ninguém. Essa verdade que me deixa sem palavras. Que te deixa a ti, que já explicaste, sem palavras...

Não quero, não posso, não me deixam, não queres, não podes, não me deixas... É, pura e simplesmente, mais forte que eu...

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