segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nada é irremediável


Nada é irremediável!


Irremediável é esta minha vontade de intensidade, esta minha vontade de que algo aconteça. E que depois algo mais aconteça, e, ainda mais uma vez, volte a acontecer.


Irremediável é esta minha vontade de atingir o limite, de chegar ao precipício.


Irremediável é esta minha vontade de escrever a frase que aguarda ser escrita. A frase que te eleve ao espanto, que te traga de volta das sombras, que estilhace esse teu silencio.
Esse teu silêncio que me atinge de estilhaços. Estilhaços carregados de mensagens, preenchidos pelo cansaço, repletos de respostas. Respostas que sabem a desafio, que me dão ainda mais força para procurar a junção de palavras que chegará, mas agora está esquecida. Os verbos e substantivos que aproximam, que desarmam, que surpreendem.


Escrevo e rescrevo e volto a escrever, na esperança de lembrar, até cair nesse precipício, ainda antes de o conseguir. Relembro ao cair e volto a esquecer, volto a esquecer o que quero de ti e a lembrar que de ti nada quero.


A ti, só te quero elevar ao espanto!

1 comentário:

L'Enfant Terrible disse...

Tens un petit desfio no meu blog!;)