sábado, 7 de novembro de 2009

In Love

Andava meia adormecida, talvez devido a uma rasteira que a vida me tinha pregado. Anestesiei-me a mim própria e deixei-me levar por esta letargia, tão confortável, como um dia de Domingo passado em frente ao televisor.

E de repente surges tu. Ou surjo eu?
Não é tão linear assim perceber como voltei à tona. Se me trouxeste tu, se me insurgi eu. Avisas que me posso apaixonar e assustas-me. Assustas-me porque tens razão. De repente, sinto-me apaixonada. Não como, não durmo e fantasio de forma quase alucinada.

E é aí que percebo que foste tu, mas não foste. Tu já existias no meu mundo. Surgias-me todos os dias das mais diversas formas e, sim, foste o incentivo para este meu devaneio. E re-incentivaste-o prestando-lhe atenção. Percebeste que eu existo e isso fez-me também perceber que existo.
E entao sim, senti-me apaixonada. Apaixonada pela minha coragem, pela minha loucura e pela minha lucidez. Talvez seja um pouco nascista, mas haverá coisa melhor que sentires que sim, que queres passar o resto da tua vida contigo próprio, com aquilo que és e com o que queres vir a ser.

Há gente que passa uma vida inteira a procurar esse sentimento.
Há até gente que não se suporta a si mesmo.
Há gente que desiste a meio caminho.

Eu encontrei-me!

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