quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Faz de conta


"O poeta é um fingidor" já dizia Fernando Pessoa.
Não sou nenhuma poeta, mas gosto da escrita, dos caminhos a que me leva e das fantasias que me traz.
Gosto de me perder nesses labirintos que me trazem as palavras e nos sentimentos que me revelam as minhas próprias frases. Gosto de sentir o que desconheço. O que desconheço até me ler e reler a mim própria e até onde me leva a minha imaginação.
É na minha escrita que te encontro, a ti... àquilo que gostaria que fosses, que fossemos...
É nas palavras que solto, quase sem as sentir, que te sinto outra vez e outra vez e outra vez.
E sinto! Sinto arrebatadoramente aquilo que finjo e dói-me aquilo que finjo sentir.
E são esses sentimentos, que através da palavras, arranco de mim, para não mais voltar a vivê-los. Liberto-os da minha mente e ficam assim livres de mim, do meu corpo, do meu peito, do meu ser. Ficam livres, voando e pousandos nestes meus textos.
Nas minhas palavras, vais e vens, ao sabor dos meus dedos, à vontade da minha imaginação.
E nas minhas palavras te liberto... dos teus, dos meus, dos nossos sentimentos...
E nos meus textos te prendo, te apriosiono ao que foi, mas nunca vai ser...

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